Psychobooks – Resenha “Marcados V. 1”

Por Mariana Dal Chico

Olá, Pessoal,

Hoje vou comentar sobre o livro Marcados da autora Caragh M. O’Brien, lançado no Brasil pela Editora Gutenberg.

1- Marcados (2014); 
1,5 – Tortured (disponível em inglês); 
2- Prized (disponível em inglês); 
3- Promised (disponível em inglês)

Marcados

Marcados

Caragh M. O’Brien

Tradutor: Petê Rissatti
Editora: Gutenberg
Páginas: 368
ISBN: 9788582351383
Publicação: 2014

[Leia um trecho]

Sinopse:

No futuro, o mundo é árido e hostil, dividido entre os que moram dentro do conforto da muralha, o chamado Enclave, e os que duramente tentam sobreviver no miserável lado de fora, como a jovem Gaia Stone. Aos 16 anos, assim como sua mãe, segue o ofício de parteira, e cumpre sem questionar o dever de entregar uma cota dos recém-nascidos para o Enclave. Porém, sem que ela entenda o porquê, seus pais são presos pelas mesmas pessoas a quem eles sempre serviram e desaparecem. Os esforços de Gaia para resgatá-los a levam para dentro da muralha, e ela acaba descobrindo a existência de um código, cujo significado pode colocar muita coisa em risco, mas que também ameaça sua vida e a segurança de sua família.

Comentários

A primeira vez que li Marcados foi em inglês no começo de 2012, é uma distopia diferente e que me conquistou, com o lançamento em português resolvi reler a obra e reforçar minha indicação de leitura.

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Enredo

O mundo sofreu com sérios problemas climáticos e por volta de 2.400 uma muralha divide as pessoas que moram do lado de dentro – Enclave – onde as pessoas vivem de forma confortável longe da pobreza e as que moram do lado de fora e trabalham para o Enclave, vivendo com os recursos mínimos, beirando a pobreza.

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Gaia é uma garota de 16 anos que vive no Terceiro Distrito de Wharfton – do lado de fora dos muros -, por ser uma parteira, deve entregar ao Enclave os três primeiros bebês saudáveis nascidos em cada mês. Ao voltar para casa depois de realizar seu dever, ela descobre que seus pais foram levados por soldados para serem interrogados, mas ninguém sabe dizer o motivo. A mãe de Gaia fazia uma marcação em todos os bebês que ajudava a nascer e tinha uma lista, Gaia recebe da Velha Meg um pacote e uma fita com códigos que apenas ela poderá decifrar.

Os bebês que são levados para dentro dos muros, são adotados por famílias ricas, terão tudo do bom e do melhor, nada faltará enquanto eles viverem sob a proteção do Enclave. Aparentemente é um favor que eles fazem ao aceitar esses bebês que nasceram fora dos muros, mas as intenções são muito mais complexas do que se imagina.

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Narrativa e Desenvolvimento do enredo

Narrado em terceira pessoa sob o ponto de vista da Gaia, a escrita da autora é envolvente, alguns momentos são um pouco repetitivos o que diminui o ritmo de leitura. O livro começa com pouca ação, mas quando Gaia descobre que seus pais serão executados, ela vai ultrapassar a muralha e ver como a Enclave domina a todos.

O livro é uma distopia e seu foco está na razão da Enclave precisar das quotas dos bebês. O romance está presente, no entanto ele é discreto e cresce de forma gradual.

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Personagens

Gaia tem uma cicatriz de queimadura no lado esquerdo do rosto, durante sua infância sofreu discriminação por sua aparência e hoje ela tem que lutar para distinguir um olhar de pena ou pura simpatia. Não vai ser fácil para ela conseguir confiar em quem não conhece, mas sem isso, seus planos irão por água abaixo. Com sua personalidade forte, quando ela acredita em alguma coisa, não mede esforços para conseguir o que quer, desafia tudo e a todos.

Leon a princípio não é nada confiante, muito menos conquista o leitor, mas fica claro que ele terá um papel importante na trama. Com o desenrolar dos fatos, vamos conhecendo aos poucos e simpatizando com esse garoto que tem muita coisa para contar.

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Concluindo

Marcados é uma distopia diferente, o livro é envolvente com personagens cativantes e um enredo repleto de segredos e ação. O final é de tirar o fôlego e deixar o leitor ansioso pelo próximo livro da série.

(…) Gaia perdeu Rita de vista, pensou que reconheceu um vislumbre de pena nos olhos da outra garota. Ou foi solidariedade? Talvez Sephie estivesse certa. Talvez Gaia, na pressa de assumir que as pessoas estavam rindo dela, não conseguisse interpretar como as pessoas de fato olhavam para ela.

 Fonte: Psychobooks/Blog do Grupo Autêntica

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